terça-feira, 4 de janeiro de 2011

[35] Walt Whitman

Terceira Civilização - Edição 452 - 01/04/2006 - 
Pág.62 - Mundo da Leitura


Poeta da “Renascença Americana”




Walt Whitman (1819–1892), poeta, jornalista e humanista norte-americano, consagrado mundialmente por escrever poemas que elevaram a natureza humana. Whitman fez de sua poesia um hino à vida. Desafiando os padrões formais e simbólicos de sua época, no século XIX, publicou versos que causaram polêmica, sendo um dos precursores da literatura moderna. A própria forma como assinava suas obras, abreviando seu nome “Walter”, utilizando “Walt”, já era uma ruptura da tradição de seus poetas contemporâneos.

Além de abordar temas controversos, como a homossexualidade, Whitman escrevia em versos livres, buscando expressar a idéia de totalidade, sem preocupações com a métrica ou a rima. Sua forma literária influenciou não apenas escritores norte-americanos, mas todo o lirismo moderno. E, ainda, mostrando-se profundamente identificado com os ideais democráticos da nação americana, Whitman escreveu sobre o futuro da América, sendo conhecido como poeta da “Renascença Americana”.

Whitman é considerado um dos mais influentes escritores da América, e está entre os cinco mais importantes poetas dos Estados Unidos, juntamente com Emily Dickinson, Wallace Stevens, Hart Crane e Robert Frost. Tornou-se mais conhecido a partir das citações de seus poemas no filme Sociedade dos Poetas Mortos.

O escritor nasceu em Long Island, a sudeste de Nova York, nos Estados Unidos, como o segundo filho de uma família de nove irmãos. Aos 11 anos de idade, teve de abandonar os estudos para ajudar no sustento da família. Então, aprendeu a profissão de tipógrafo e se apaixonou pela escrita. Aos 17 anos tornou-se professor, e implantou inovações em sala de aula, ensinando aritmética e ortografia a partir da criação de jogos. Em 1841, passou a se dedicar exclusivamente ao jornalismo, trabalhando como editor em vários jornais, destacando-se por sua posição antiescravagista.

Walt Whitman é especialmente reconhecido por sua obra Folhas de Relva, editada oito vezes ainda quando o poeta era vivo, e mais uma vez após seu falecimento. A primeira edição foi lançada em 1855 e custeada pelo próprio escritor.  A cada edição foram acrescentadas novas poesias e realizadas melhorias editoriais. A obra, inicialmente, provocou críticas, mas hoje é relembrada como uma ode livre à humanidade e uma poderosa expressão do espírito democrático.

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