Pág. 62 - Mundo da Leitura
Escritor que desafiou sua época

Oscar Fingall O’Flahertie Wills Wilde (1854– 1900), escritor classicista irlandês, eternizou mundialmente suas obras pelo exotismo, graça e suavidade. Escreveu as melhores comédias da ribalta inglesa e foi autor de peças teatrais importantes, além de um único romance (O Retrato de Dorian Gray), lembrado pela polêmica provocada na época de seu lançamento com reflexões, hoje, valorizadas e respeitadas.
Wilde foi criado numa família protestante. Seu pai era médico e sua mãe escritora e árdua defensora do movimento pela independência da Irlanda. Estudou em renomados colégios e, desde cedo, sobressaía-se entre os demais estudantes devido à sua inteligência e temperamento forte e não-convencional.
Oscar Wilde foi um dos precursores do Movimento Estético e defendia o “belo” como única solução contra tudo o que considerava denegrir a sociedade da época. Esse movimento, que contava também com toda a nova geração de intelectuais britânicos, visava confrontar o tradicionalismo da época vitoriana, dando um tom de vanguarda às artes.
Sua homossexualidade assumida, numa época em que a Inglaterra proibia tais tipos de relacionamento por lei, fez com que fosse acusado de obscenidade e sodomia, sendo levado a julgamento e condenado no auge de sua fama, no final do século XIX. Com isso, sua vida mudou radicalmente: o talentoso escritor viu-se encarcerado por dois anos, debilitando sua saúde e fulminando sua reputação.
Após a saída do cárcere, Oscar Wilde teve uma vida humilde e morreu de um violento ataque de meningite, agravado pelo álcool e pela sífilis, e cholesteotoma (doença muito comum antes do advento dos antibióticos).
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